Lesão do Bíceps Distal

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Artrose e Viscosuplementação

Lesão do Bíceps Distal

Lesão do Bíceps Distal

O bíceps distal é a inserção do musculo Bíceps Braquial no cotovelo. Sua lesão correspondem a cerca de 10% das lesões do bíceps. Normalmente acomete homens ao redor dos 30-50 anos, durante movimento de contração excêntrica, com o cotovelo fletido. É comum sentir um estalo no momento da lesão evoluindo com perda de força.

Existem diversos fatores de risco como tabagismo, uso de anabolizantes e doenças sistêmicas como o Lúpus.

A localização mais comum da lesão é a avulsão completa da tuberosidade bicipital. Raramente ocorre uma lesão intrasubstancial.

Anatomia

O tendão do musculo bíceps braquial é formado por 2 partes, a cabeça longa e a cabeça curta. A sua função é a supinação do antebraço e flexão do cotovelo.

Exame físico

No exame físico o paciente pode apresentar  dor na região anterior do cotovelo,  inchaço e hematoma local. Na maioria das vezes é possível observar uma deformidade em relação ao lado contra-lateral (encurtamento do tendão), o sinal do “popeye invertido” e fraqueza para movimentação em comparação ao outro braço.

Exames de imagem

Radiografia do cotovelo é importante para avaliar se existe alguma deformidade na tuberosidade radial ou alguma fratura associada. A ultrassonografia ou Ressonância Magnética servem para identifica a localização da lesão, sua retração e a integralidade da lesão (total ou parcial).

Tratamento

O tratamento de escolha é cirúrgico para as lesões totais ou maiores que 50% do tendão. O tratamento conservador é de exceção, somente se o paciente for sedentário e de baixa demanda, pois se não tratado geralmente resulta em perda de força de supinação (±40%), de flexão (±30%) e a resistência.

O ideal é operar a lesão do bíceps distal em até 2 semanas, pois após esse tempo fica mais difícil e as complicações mais frequentes, sendo que em alguns casos pode até ser necessário o uso de enxerto de tendão de outras localização.

Existem diversos tipos de técnicas de fixação: pontos transósseo, âncoras, endobutton e parafuso de interferência. 

Pós-operatório

O ideal é utilizar tala axilopalmar por 2 semana, até a retirada dos pontos. Depois iniciar o ganho de arco de movimento. O fortalecimento é iniciado com 12-16 semanas

Complicações

Re-rotura (4%), ossificação heterotópica (7%), sinostose radio-ulnar, limitação do arco de movimento e déficit neurológico.

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